5º IRONMAN 70.3 TAIPU – 2016

5º IRONMAN 70.3 TAIPU – 2016

Ironman 70.3 em Foz do Iguaçu: a conquista do meu quinto certificado

Conforme você já deve ter acompanhado ao longo das minhas publicações, conquistei o meu primeiro certificado de “homem de ferro” aos 50 anos de idade, em Miami. Depois, enfrentando novamente uma série de desafios, conquistei o meu segundo certificado em Pescara, também num Ironman 70.3, tal como na primeira vez. Na sequência, passado um ano da minha “estreia” em Miami, retornei aos Estados Unidos para a minha terceira competição, da qual saí ainda mais satisfeito com a minha performance. Contudo, ainda faltava testar todos os limites da minha resistência em um percurso que exigiria ainda mais da minha preparação física e mental: um Ironman 140.6 que, apesar de todos os imprevistos, tive a satisfação de concluir em menos de 15 horas, apesar de todos os imprevistos. E, depois de quatro Ironmans, dentro de um intervalo de apenas dois anos, finalmente passei à conquista do meu quinto certificado consecutivo, agora em terras brasileiras. A propósito, em belíssimas terras brasileiras, em meio às instalações de uma das maiores obras da engenharia moderna: a Usina Hidrelétrica de Itaipu.

Itaipu Ironman 70.3 Brasil Paraguay 2016 ocorreu no dia 27 de agosto de 2016, quando encerrei a maratona em 6h32min, num total dividido em 50 minutos para a prova de natação, 3h09min para a bicicleta e 2h19min para a corrida.

Estabelecendo um paralelo com o meu desempenho nos dois outros Ironmans em Miami, fiquei bastante satisfeito com o resultado. Afinal, enquanto em Miami o percurso era plano, em Foz do Iguaçu havia muita subidas e descidas, uma atrás da outra. Além disso, vale ressaltar os 570 metros de subida acumulada, o que justificou as minhas 3h09min em cima da bicicleta.

Modalidade Miami – Out./2014 Miami – Out./2015 Foz – Ago./2016
Natação (2 km) 1h29min 48min 50 min
Bike (90 km) 3 horas 2h47min 3h09min
Corrida (21 km) 2h27min 2h18min 2h19min

Do 140.6 ao 70.3 – uma pausa para considerações

Após o megaevento na Aústria, o retorno a um Ironman 70.3 também me serviu para algumas boas reflexões. Desta vez, enfrentei a competição com certa serenidade, com muito mais experiência e menos complicações. 

Em comparação ao Ironman em Klagenfurt, o 70.3 é mais acessível, mais “humano”, mais equilibrado. O Ironman completo é muito mais destinado a atletas que dedicam a vida a isso, que realmente vivem disso. No geral, são pessoas que pararam de trabalhar, que estão administrando os próprios recursos (ou que contam com alguém que faça isso por elas) e que elegeram o Ironman como uma atividade de vida. O nível de treinamento é redobrado, o tempo de preparação é redobrado, a exigência psicológica é redobrada.

Sem dúvida, a minha experiência na Áustria foi muito interessante. Porém, para poder treinar ainda mais do que treinei, eu não poderia trabalhar. Então, por enquanto, entendi que o melhor é ficar com o 70.3. Eu consegui identificar os meus limites e acertá-los.

Itaipu Ironman 70.3 Brasil Paraguay 2016: a descoberta de um cenário incomum

O percurso não foi simples, mas devo dizer que foi simplesmente único!

Conforme os registros publicados no site do próprio evento, a largada da competição ocorreu na parte Paraguaia da Usina de Itaipu. Já o ciclismo contemplou três voltas saindo da parte Paraguaia da Usina de Itaipu por vias arborizadas. Neste trecho, contornamos uma das maiores subestações de energia do mundo (a Subestação da Margem Direita Itaipu), percorrendo belíssimas áreas da Usina e de destaque turístico, como a barragem, o lago de Itaipu, o Canal da Piracema e o Mirante Central.

Quanto à corrida, os organizadores já tinham anunciado que ela seria inesquecível, proporcionando-nos o contato com uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.

Iniciando-se em frente ao Centro de Recepção de Visitantes, o percurso teve passagens pela Universidade Latino-Americana, pelo Teatro Barrageiro, pelo Mirante do Vertedouro e, na sequência, a via Beira Rio nos possibilitou uma das mais belas vistas da Usina.  

Para mim, que já havia passado por MiamiPescara e Áustria nos meus quatro Ironmans anteriores, a experiência em Foz do Iguaçu foi singular.  Graças a esse evento, conheci um lugar do Brasil que me encantou pela sua beleza, pela suanatureza e pela qualidade de vida que pude constatar. Para mim, o turismo lá deveria ser mais intenso, e todos os brasileiros deveriam conhecer e se orgulhar dessa região!

Assim, graças a um Ironman, eu descobri um lugar dentro do território nacional que certamente pretendo revisitar. A propósito, esta é uma outra vantagem do Ironman: descobrir coisas novas. Não fosse por isso, eu provavelmente nunca teria tido a oportunidade de me encantar com as impressionantes Cataratas do Iguaçu, com os quatis que, de cima das árvores, pareciam já ter aprendido a interagir com o ser humano, e com toda uma série de atrações que ainda espero conhecer com mais tempo.